quinta-feira, 17 de abril de 2014

Máquina petista produz ingovernabilidade e escândalos de corrupção

A máquina de governo e o caixa dois em campanhas eleitorais comprometem a democracia e resultam na série de escândalos de corrupção no governo do PT, a exemplo da Petrobras. A visão é do líder da Minoria no Congresso Nacional, deputado Ronaldo Caiado (Democratas-GO), que destacou hoje (15/4) como a omissão da base governista no parlamento e do Executivo em aprovar uma verdadeira e profunda reforma política trouxe consequências nefastas ao povo brasileiro. Caiado, em 2009, foi relator de uma proposta de reforma política que combatia justamente o poder financeiro nas campanhas.
“Durante 12 anos, o PT dilapidou todas as estatais brasileiras, montou um super-caixa dois no Brasil. Com isso, vem alavancando suas campanhas eleitorais. Temos a consciência de que a sociedade deve refletir bem para que essa metodologia do caixa dois e da máquina do governo não sobreviva em 2014, com o risco do Brasil caminhar para uma ‘venezuelização’ e, sem dúvida nenhuma, com o fim da democracia neste país. Esse é o alerta que faço para toda a população brasileira”, disse o deputado goiano em discurso na tribuna da Câmara dos Deputados.
Caiado defendeu a alternância de poder para fortalecer a democracia e dar espaço para que outras lideranças políticas implantem suas ideias e projetos. “Estamos assistindo a um sistema eleitoral arcaico, que já não produz mais os resultados que esperávamos. Estamos vendo progredir a ingovernabilidade, os escândalos. O cidadão não se sente mais representado. Isso é grave, descredencia o Congresso, tutelado pelo Executivo que legisla pelas Medidas Provisórias, com urgências constitucionais e silencia a Casa por meses continuados”, explicou.
O deputado condenou ainda a submissão, além do Congresso que esmaga as minorias oposicionistas, dos ministérios da gestão de Dilma Rousseff, que sem prestígio apenas são seguidores das ordens da presidente. E alerta: o loteamento de órgãos e empresas públicas são ainda mais graves que o recorrente uso de caixa dois. “Hoje, os ministérios têm pessoas inexpressivas que não se impõem. A que ponto chegamos nesse cenário político nacional. Era compromisso de governo ‘proteger as estatais, evitar a privatização’. Elas foram partidarizadas, pior ainda. Foram entregues a um partido, massa de manobra, como os 39 ministérios. Para ampliar o tempo de TV os ministérios são leiloados. Isso é tão grave quanto um financiamento de caixa dois. A oposição fica engessada no pequeno espaço que tem com um governo que tem o poder de concentrar quase 90% dos partidos”, afirmou.
Incompetência e corrupção
Ronaldo Caiado lamentou o festival de incompetência e denúncias de corrupção protagonizado pela gestão petista. Ele menciona o desmonte da Eletrobrás e da Petrobras, acometida também por um mega escândalo de corrupção. “Estamos vendo uma Eletrobrás, que era uma referência internacional, ser totalmente dilapidada, endividada em mais de R$ 34 bilhões, perdendo seu valor de mercado. E vejam no governo da presidente Dilma, eleita como gerente e conhecedora da área de energia”, pontuou.
Caiado classificou como colapso a situação da Petrobras mergulhada em dívidas e sob alvo da Polícia Federal e Ministério Público. “Compra fraudulenta da refinaria de Pasadena, pagamento de propina para fechamento de contratos, superfaturamento de obras, entre outros. Só na compra de Pasadena, o prejuízo passa de R$ 3 bilhões”, reiterou o líder da Minoria no Congresso.
Ronaldo Caiado disse que a presidente de República, para não ser incluída na crise de gestão da estatal, resolveu dizer que ela só votou a favor da compra de Pasadena porque foi ludibriada. “Disse que o diretor Cerveró não passou a ela dois pontos importantíssimos: as cláusulas Marlim e Put Option. Veja onde ela quer se resguardar, a maneira de querer lavar as mãos. E hoje no depoimento da presidente da Petrobras no Senado, Graça Foster não teve como não reconhecer que foi um péssimo negócio”, afirmou.
O parlamentar também questionou por que o diretor responsável por fazer um parecer que omitia cláusulas fundamentais ao contrato permaneceu com cargo de direção no governo por tanto tempo. Nestor Cerveró deixou a diretoria internacional da Petrobras para assumir a diretoria financeira da BR Distribuidora, onde permaneceu até este ano. E lembra que 72% da população já reconhecem os escândalos da Petrobras. “Nesse momento, a presidente Dilma resolveu partir para o ataque em cima das oposições. O que estamos fazendo exatamente é a limpeza, demonstrando o que está acontecendo. Apenas em Pasadena R$ 3 bilhões desapareceram. Imaginem os outros escândalos. Foram R$ 90 milhões sem licitação. Apenas uma CPI pode esclarecer o que fizeram com o patrimônio público”, completou.
E denunciou: “O SUS não tem dinheiro para fazer mamografia, joga a responsabilidade para os prefeitos, mas para uma operação da Petrobras (Pasadena) foram R$ 3 bilhões”, disse, sobre resolução do Ministério da Saúde, que restringiu o exame de mamografia para apenas uma mama com recurso da União para mulheres a partir de 50 anos, contrariando lei federal que determina o exame a partir dos 40 anos de idade.

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