sexta-feira, 4 de novembro de 2011

“Bancada gelatina” tem 80 deputados

BRASÍLIA (AE) - Cerca de 80 deputados da base descontentes com demora na indicação de cargos unem forças para atrapalhar o Governo Dilma na Câmara Federal. Eles não têm o tamanho do PT nem do PMDB, as duas maiores bancadas, mas juntos têm força para pôr o Palácio do Planalto contra a parede. O grupo de insatisfeitos é formado, principalmente, por parlamentares do PR, PTB, PP e PSC. A “bancada gelatina” estuda as conveniências do Governo nas votações e têm como lema “vender dificuldades para colher facilidades”.

Foi assim, na semana retrasada, na aprovação do convite do policial João Dias Ferreira e do motorista Célio Soares Pereira, que denunciaram o esquema de desvio de verbas no Ministério do Esporte, pela Comissão de Fiscalização e Controle Câmara. Mesmo depois de o Planalto ter deixado claro que não queria o depoimento de nenhum dos dois no Congresso, o presidente da Comissão, deputado Sérgio Brito (PSC-BA), uniu-se à oposição e aprovou a toque de caixa o convite - na semana passada, com a queda do ministro Orlando Silva, os depoimentos na Câmara foram cancelados.

“O Governo tem uma base consistente na Câmara. Não são eles que dão o tom. O governo não pode reclamar de sua vida”, diz o líder do PT, deputado Paulo Teixeira (SP). Um dos ícones desse grupo é o ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ). Deputado federal de primeiro mandato, ele se move na Câmara de olho na política regional e não mede esforços para atrapalhar o Governo Federal.

A “bancada gelatina” acaba, muitas vezes, ajudando a oposição não só nas votações como também na obtenção de assinaturas para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ou até mesmo na apresentação de emendas para tentar alterar substancialmente propostas de interesse do Governo.

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